PLV3886 – Livro 26 / Diário 02/05/2022
O que toda a humanidade esquece é que ninguém é uno, mas todos somos e formamos uma dupla. Para alguns entenderem melhor, uma parelha. Parelha quer dizer dois que trabalham juntos. Normalmente, dá-se esse nome para animais de tração. Aqui, pedimos perdão, porque cabe muito bem como comparação. Numa parelha de animais, precisa que os dois estabeleçam a mesma força de tração para produzirem um bom resultado. Não estou falando nada de mais, pois pertencermos também ao reino animal. O ser humano não forma parelha com outro ser humano, mas sim consigo mesmo, com sua parte não humana, que é a energia que o anima, precisa, tal qual uma parelha de animais de tração, puxar sua evolução concomitantemente com seu companheiro de jornada, o espírito. Somente então se conseguirá evoluir. Quando o corpo senta à assombra, a carga toda recai sobre seu companheiro de jornada, que é ele mesmo. Outra comparação possível é com uma laranja: espremendo a laranja, sai o suco. Hipoteticamente, espremendo o corpo, sobra o espírito. Não se pode esquecer que ambos são um só; um ao nível da matéria, outro fora dela. Difícil intelectualizar isso, mas é a realidade, que pode se cristalizar aos poucos de acordo com a atenção, o esforço e a vontade. Só para dar uma ideia, não é o cérebro quem sonha, é o espírito que passa para o cérebro a sensação de uma vivência enquanto o corpo dorme.
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